top of page

Teoria Culturológica

  • Writer: Alana Portella
    Alana Portella
  • Jun 21, 2020
  • 3 min read

Escrito por: Alana Portella


A teoria escolhida para esta pesquisa foi a “Teoria Culturológica”, também denominada como “Cultura de Massa”, criada na Década de 1960, Pela então obra “Cultura de massa no século XX: o espírito do tempo” escrita por Edgar Morin. A sua característica fundamental é o estudo da cultura de massa, distinguindo os seus elementos antropológicos mais relevantes e a relação entre o consumidor e o objeto de consumo.

Esta Teoria, parte da ideia de que a mídia não é a produtora das padronizações culturais que vemos, chamada “alienação das massas”. Mas sim, ela se baseia na padronização já existente nas nossas sociedades, que unem características nacionais, religiosas, e etc. Sendo assim, a cultura de massa não é autônoma, ela depende de muitos fatores particulares de cada comunidade do globo.

A cultura de massa forma um sistema de cultura, constituindo-se como um conjunto de símbolos, valores, mitos e imagens que dizem respeito ao imaginário coletivo. Entretanto, não é o único sistema cultural das sociedades modernas. Estas são realidades de diversos povos em que a cultura de massa:

Se faz incluir, controlar, censurar... e, ao mesmo tempo, tende a corromper e a desagregar as outras culturas. A cultura de massa não é autônoma no sentido absoluto do termo, pode embeber-se de cultura nacional, religiosa ou humanística e, por sua vez, penetrar na cultura nacional, religiosa ou humanística. Não é a única cultura do séc. XX, mas é a corrente verdadeiramente de massa e verdadeiramente nova do séc. XX. (MORIN, 1962, p. 8).

Já os Filósofos, pelo seu lado, veem a cultura como uma fabricação feita pela mídia, trazendo para a massa aquilo que elas desejam: a informação transformada para uma grande venda, a arte vira uma indústria, ou seja, tudo se transforma em lucro, e é vendida pela mídia como se fosse uma realidade que as pessoas vivem e desejam viver. De acordo com o Filósofo Theodor Adorno (1903-1969), a indústria cultural, criada pela mídia, era como um guia

para criar a identidade social de muitas pessoas, sendo a referência de mundo delas, que vem através de uma televisão.

Diferente de outros sistemas culturais, que institucionalizavam uma fase de aprendizagem, a eficácia da cultura de massa baseia-se na sua adequação às necessidades já existentes. Segundo Morin, a cultura de massa encontra o seu terreno ideal onde o desenvolvimento industrial e técnico cria novas condições de vida que desagregam as culturas anteriores e fazem emergir novas necessidades individuais. “Os conteúdos essenciais – da cultura de massa – são os das necessidades privadas, afetivas (felicidade, amor), imaginárias (aventuras, liberdade) ou materiais (bem-estar)”:

À medida que as transformações sociais incrementam tais necessidades, essa cultura difunde-se, contribuindo, por seu lado, para enraizar este sistema de valores. A cultura de massa coloca-se, assim, como uma ética do loisir: o consumo dos produtos torna-se, simultaneamente, autoconsumo da vida individual e auto-realização. A cultura de massa é uma moderna religião da salvação terrena que contém em si as potencialidades e os limites do seu próprio desenvolvimento. (MORIN, 1962, p.161).

Assim, a Teoria Culturológica opera em duas direções inversas: “por um lado, os duplos vivem em nosso lugar, livres e soberanos, consolam-nos da vida que nos falta, distraem-nos com a vida que nos é dada; por outro, impelem-nos a imitar, dão-nos o exemplo da procura da felicidade” (Morin, 1962, p.172).

Em conclusão, “a cultura de massa contribui para enfraquecer todas as instituições intermediárias – desde a família até a classe social – para constituir um aglomerado de indivíduos – a massa ao serviço da supermáquina social.” (Morin, 1962, p.178).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. 2006.

MORIN, Edgar. Cultura de Massa no Século XX: O Espírito do Tempo. 1962.

LISBOA, Aline. A teoria culturológica - abordagem de Edgar Morin. Slideshare, 2014. Disponível em: https://pt.slideshare.net/alinelisboadasilva/a-teoria-culturolgicaabordagem-de-edgar-morin. Acesso em: 11/06/2020.

CASSARO, Fernando. Theodor Adorno e a educação para o pensar autônomo. Nova Escola, 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/881/theodor-adornoe-a-educacao-para-o-pensar-autonomo. Acesso em: 11/06/2020.

Comments


  • E-mail
  • Telefone
  • Currículo
  • Instagram

E-mail

Telefone

Currículo

Instagram

© 2020 by Alana Portella.

Proudly created with Wix.com

Estudante de jornalismo. Sou uma mulher comunicativa, organizada e responsável. Busco por meio do meu portfólio desenvolver trabalhos da faculdade e contribuir com o meu crescimento pessoal.

bottom of page